domingo, 27 de março de 2011

Estrelas

Vou para o sofá branco, tapo-me com uma manta e vejo as estrelas do lado de fora da janela.

São inúmeras mas não encontro as essenciais.
Que são três seguidas quase com a mesma distância umas das outras, como se fossem ali ficar perpetuamente e com o mesmo brio.


Lembro-me que foi no último fim-de-semana do Verão, antes de começar o último ano do secundário que deitei-me no pátio da casa da Rafaela. Acho que foi essa a primeira vez que dormi em casa dela. Eram duas da manhã e deitámo-nos a ver as estrelas depois e antes da festa. Tentávamos sussurrar mas não conseguíamos parar de rir, então apontei para as três estrelas em linha recta no céu e dissemos que essas eram as nossas estrelas.

Foi em Março pouco depois de a Primavera ter começado. Passei a tarde na casa da Daniela a fazer um trabalho de grupo. Poucos dias depois de ter lá dormido também pela primeira vez. Eu e ela fomos ver o pôr-do-sol, quando regressámos parecia que tínhamos regressado de um outro país, um país um pouco mais afrodisíaco, salvo erro Brasil.

Já passava das dez da noite e estávamos no jardim, apagámos a luz e pusemo-nos a observar as estrelas. Ela estava à procura da estrela dela quando lhe disse que a minha e a da Rafaela pertenciam àquelas três, mas estava incompleto faltava alguém… “Sou eu, aquela estrela é minha. Somos três.” Disse a Daniela, e foi assim que ficámos com uma constelação só para nós.

Sempre que sentia-me a afastar delas ao longo dos meses, olhava para as estrelas e os problemas pareciam desaparecer.


Mas neste momento três anos depois disso que parece ter sido ontem, não vejo as três estrelas, tal como não estou nem com a Daniela nem com a Rafaela, elas estão em Portugal e eu a observar estrelas no meu apartamento de New York.

«Lamechice a mais» penso eu… Olho para o livro que está em cima da cómoda e vem-me à mente uma frase que diz que só muitas poucas pessoas do mundo uma percentagem mínima consegue encontrar o amor verdadeiro, e penso com a amizade não será assim?

E como se fosse ironia ou sarcasmo do destino o telefone toca e é a Rafaela a perguntar os clichés habituais, onde estou, como estou, quando volto… e diz-me:

“Uma amizade assim é para sempre, não é? Atravessou barreiras de tempo e espaço, mudanças físicas e psicológicas, quebrámos estatísticas, e ainda estamos unidas! Não sei se é para sempre mas gosto disto…” E rimo-nos a pensar no futuro.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

doida persistência

Se calhar sou doida ou então sofro de uma doença chamada persistência.


Ou provavelmente sou as duas coisas ao mesmo tempo.

Mas haverás de te de perguntar porque é que não haverias de aceitar a minha proposta. Que parece ser o melhor para todos, mas que talvez possa sair-me mal, é claro que não sou eu a sair-me mal mas sim as palavras que proferir serem as erradas e que tu as interpretes mal. É possível mas improvável, pois, tu percebes-me temos aquela sensação mútua que poderíamos ficar juntos todos os dias que nos íamos entender e sentirmo-nos confortáveis passado algum tempo ao lado um do outro a companhia é uma das melhores coisas que um ser humano pode ter e eu vou em busca da tua como um cão busca um osso, como o winnie the pooh e os amigos foram à procura do pote de ouro no fim do arco-íris.

Até amanhã meu querido

“O amor cria o hábito renasce não é cedo nem é tarde para quem se quer tanto my dear” Margarida Rebelo Pinto

idwtices

w.: Em que estás a pensar?


i.: Em amor. E tu?

w.: De como é tão triste ver uma pessoa sozinha a pensar em amor. O que pensas sobre o amor, se é que eu possa saber?

i.: Que pode estar ao alcance de um dedo se o destino o permitir e for o que duas pessoas queiram.

Há mesmo coincidências não há?

Estou quase a adormecer, apetece-me embrulhar-me com mantas e cobertores meter-me debaixo dos lençóis MAS ANTES DISSO só penso em ti. De como uma meia-de-leite me recorda as nossas chamadas, a nossa ultima conversa os smiles, as reticencias, o teu alpendre e a tua varanda “grande”.Quando leres isto sei que te irás rir. Quero uma meia-de-leite. E uma casa com uma varanda mais bonita, maior e com cheiro a jasmins só para mim, tal como tu tens uma. Mas eu não quero só uma varanda grande, também quero um alpendre onde terei um divã e uma cadeira de baloiço e novamente jasmins e alfazema. Gostava de morar nesta casa que só tem lugar na minha imaginação (à qual tu pertences, não sei como, nem perguntes) contigo. Ah claro tínhamos de ter um piano. Eu tocaria mesmo sem saber tocar. Quando entro num bar e me meto a tocar órgão ou piano os meus conhecidos perguntam contentes com admiração e espanto: “Sabes tocar?”. E tenho de dizer que não. Eles não acreditam à primeira mas dou-lhes três frases com meias palavras e passo a ser a mesma. Contigo queria que fosse diferente… que me ensinarias a tocar naquelas coisinhas brancas que emitem sons como que por magia às quais chamas de teclas e tocássemos uma coisa engraçada… talvez Jazz. Será que cantas? Tenho tantas coisas a perguntar-te mas não posso responder ou posso mas não quero. A esta hora já estás no teu quarto embrulhado nos lençóis e talvez sonhes com pianos. Há mesmo coincidências não há?

Há coisas que não se aturam.

Se alguma vez acabarem com uma relação de melhor amiga eu digo-vos isto: Vocês merecem melhor. Eu merecia melhor.


As pessoas mudam, mas com isso as amigas não precisam de mudar também. Se o fizerem não é porque mudaram mas por terem sido o que foram. E eu fui mais apegada que nunca. Queria uma pessoa, um compromisso que nunca fosse retirado acontecesse o que acontecesse. Mas com o passar dos meses, as coisas não ficam na mesma. Bom bom é só o principio porque depois quando és trocada por uma tarde de ir limpar o pó, é completamente cair de um precipício.

Ter uma pessoa é a melhor coisa que se pode ter, mas é preciso estar à altura em tudo. Ou aturas ou ficas com os olhos de fora de tanto chorar. Eu aturo, mas e se a outra não aturar como é que se pode estar à altura.

Há coisas que não se aturam. Dependência é uma delas.

O porquê das Meias-de-leite

Nós éramos muito novos, pelo menos eu era quando nos conhecemos. Mas se não fosse assim não poderia saborear de igual forma as minhas meias-de-leite. Nunca te contei o porquê da minha obsessão por meias-de-leite pois não?


É simples. Quando mandaste-me a primeira mensagem numa terça à noite estava acompanhada de uma meia-de-leite, e assim foi pelas poucas noites sucessivas que se seguiram. Depois do meu “gosto de ti” para ti lá foram as meias-de-leite que me salvaram… ah e já me esquecia acho que tinha sido numa sexta à noite que me ligas-te passado uma hora do meu pedido, e a pensar que não me ias responder resignei-me a uma meia-de-leite, ia a meio do principio quando oiço o meu telemóvel a tocar e eras tu.
E assim que vivam para sempre em mim meias-de-leite. De uma coisa podes ter a certeza sempre que beber uma meia-de-leite à noite estarei a pensar em ti… não te assustes… só gosto de ter as boas recordações em conta e por acaso nem são assim tão poucas. Bonne soir mon amour.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O 1º Selo *.*



Regras do Selo:

1. Postar o Selo Oficial, indicar o blog da criadora e indicar quem o ofereceu;

http://sof-is.blogspot.com/ ; a autora do blog que mais gosto de ler :)

2. Passar este selo a todos os blogs pelos quais possuem afeição;

Ofereço aos meus seguidores.

3. Responder às seguintes perguntas:

3.1. Quem é o amor da tua vida?

Ups… acho que não tenho.

3.2. O que eras capaz de fazer por amor?

Não sei, mas provavelmente ir viver para outro país, ou escrever um livro.

3.3. Qual foi a coisa mais bonita que já (te) fizeram por ti ou que já te disseram?

Sei lá. Já me disseram muitas coisas bonitas, e não tenho nenhuma frase preferida, mas três das coisas mais bonitas que já me disseram foi:


• “Mis palabras son tus palabras.” Rafa

• “Eu sou a tua pessoa.” Daniela

• “Acho que sabes o significado que tens para mim portanto não vou estar a repetir mais uma vez o que já sabes.

Só quero que saibas que apesar de ser parvinha e ter por vezes atitudes que te possam magoar nunca mas nunca deixarás de ser a Santos, a minha Santos! :)

Acho graça à tua maneira de ser e contigo aprendi que não é uma simples timidez que nos vai impedir de lutar pelos nossos sonhos. Agradeço-te por teres sido tão paciente e por seres a amiga que és! Para o ano ainda vais ter que me aturar (e muito) :P

Adoro-te Santos <3” Pi

terça-feira, 19 de outubro de 2010

P.S. - I LOVE YOU

Já é tempo de te deixar partir. Mas eu não quero. O meu coração tem memória. Tu és como se fosses o meu Jack. E eu nunca saberei se fui a tua rose. Foste o meu Romeu, o Tristão, o Paris, Hércules, Érick, Dereck, Príncipe… tudo o que lhe quiseres chamar… mas terei sido eu a tua Rafaela?


Não sei. Por onde andarás é a pergunta que se me impõe a maior parte das vezes, já me passou pela cabeça confirmar se estás no obituário do jornal. Porque sou uma covarde e nem ao teu «amigo entre aspas» que foi amante da minha fada madrinha tive vontade de perguntar por ti.

Pelo menos sei que no meu coração não estás morto. Ouvi dizer que as pessoas só morrem no nosso coração quando não esperamos mais nada delas. Se assim for eu espero muito de ti, e para isso tenho de esperar muito tempo para ti. Mas no que toca a assuntos romancistas nunca é tarde para amar alguém.

Por mais livros que leia ou filmes que veja não encontro nenhum que se assemelha à nossa história. Espera lá nós tivemos história? De facto estivemos incluídos numa, mas e então e a parte de nós vivermos felizes para sempre ou pelo menos a parte do beijo… não existiu. Tal como tu… que parece que não existes nesta cidade. Por onde andarás Romeu…

Eu posso andar já meia dúzia de voltas à tua frente porque sei quando e para onde quero ir. Mas não me quero intrometer na tua vida sem que tu o queiras. Tem de ser o destino a querer. O Amor não está á venda em fragrâncias de perfumes, ou comida, ou outra treta qualquer.

O amor não é fácil de se encontrar e tu também não.

Por onde andarás.

Entretanto, folheio livros, bebo chás, e vejo filmes românticos, e drogo-me em meias de leite. P.S.- I LOVE YOU …foi isso… eu esqueci-me de te dizer. Só me resta saber se o teu P.S. é igual ao meu.

My dear notebook

As páginas em branco são um desperdício. Pois são. E eu deixo muitas ao longo do meu caminho. Ao mesmo tempo são elas que me fazem respirar. Se não de outra forma entrava em ataques de histeria. Mas não consigo deixar de incutir às páginas sem linhas do meu notebook, que anda sempre comigo de um lado para o outro *(há quem compre cãezinhos que cabem nos bolsos, eu tenho notebooks que são nada mais nada menos que páginas preenchidas pelas leis do acaso, com de um emaranhado de textos e frases imprevistas)* páginas marcadas a tinta da china da cor que tu mais gostas de usar, azul, que também é a cor do infinito, e para mim o infinito significa que nada é impossível; que há muitas maneiras de chegar ao rebuçado, tantas quantas nuvens existem no céu, e elas nunca desaparecem, só fogem como que com medo que pensássemos que fossem feitas de algodão doce e que retirássemos-lhes o essencial.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A Fria


Dizem-me que estou sempre fria. Não é fria de atitude mas de pele. Para além do mais sou «branquérrima» apesar de passar a maior parte dos dias na praia. Deve ser por não gostar do passado apesar de irreversivelmente estar sempre a intrometer-se no meu presente desejavelmente elástico. E viver no meu mundo onde predominam os sonhos que não vão passar a realidades fixas, onde o tempo engana e o sol brilha todos os dias mas que para mim não passa de neve.


domingo, 8 de agosto de 2010

o essencial


Nunca pensei a amar-te assim. Passaram-se uns seis longos meses até te ver à porta de uma loja. Fala-mos pouco tempo com a desculpa de estarmos com pressa. E já passaram outros seis longos meses (ou então foram só seis dias) desde que te vi nesse dia.
Se me conhecesses muito melhor saberias que queria ter marcado um encontro contigo.
Sabias que Oscar Wilde escreveu muitas cartas ao seu amado quando estava na prisão e este nem as quis ler. O amor engana, não por ser cego, mas pelas pessoas sentirem as coisas mais profundas de maneira diferente.
Penso demasiado em tudo. Tenho sempre coisas para dizer aos outros mesmo sabendo que os outros nem sempre têm tempo ou paciência para me ouvir. Temo que todas as palavras que escrevo não passem de fragmentos de memórias do passado. Fico sempre com a sensação que falta o essencial.

Um abraço

Um abraço, é disso que preciso agora. Mas em vez disso envolvo-me em palavras para esquecer a sucessão de dias passados como se eu fosse uma segunda pessoa. Fico a ver televisão colada ao sofá do tipo pastilha elástica.
Um abraço sentido.
A sinceridade às vezes magoa. Pela verdade despida de quaisquer sentimentos, ou pelos factos ditos em voz alta tomando parte da mente mas sem nós querermos que isso aconteça. Ou por muito mais que ainda tenho de aprender pelas vivências.
Uma amiga verdadeira… quem não quer? Eu quero, eu tenho não uma, mas duas. Poderei contar com elas para o que der e vier e elas comigo. Sempre foi assim desde que passámo-nos a conhecer.
Não tenho medo de estar sozinha. Tenho medo é de me esquecer de quem sou, para onde vim e vou, com quem estou, e com quem tinha contado. A liberdade faz-se sem medos. Eu quero ser livre, e como antes de tudo está a vontade, porque não me ver livre do medo? A minha chave para a felicidade é ver-me livre dos medos, e quero ser feliz. Basta juntar 2+2 como se fosse uma rara e convidativa equação de matemática. Não sou boa a matemática. Mas, há certas coisas de que estou certa… sei quem sou, sei para onde vou, sei com quem contei, sem com quem contar… para sempre talvez.
“A vida muda quando menos esperamos”, mas ao contrário da Margarida Rebelo Pinto eu acredito que há coincidências.
Mas tal como ela sei que a vida muda quando menos esperamos, e gosto de comparar o passado com o presente e aperceber-me de que quando a vida muda, muda sempre para melhor. Não porque tenho sorte, mas porque assim o quis.
Há coisas que nunca mudam… um abraço sentido do Afonso é o que eu preciso agora. Não posso controlar o presente como se o presente fosse uma televisão por cabo e eu tivesse o comando. Mas posso estar com quem quer estar comigo, alguém com que me sinta eu própria sem fingimentos circunstanciais. Ainda bem que tenho amigas verdadeiras. Se não fossem elas não seriamos quem somos.

Antes sozinha que mal acompanhada

Nunca pensei em perder-te. Não para sempre. Tenho aquela sensação de que nunca mais te vou ver e que não vais passar de uma boa memória instalada no meu coração, sim… porque o coração tem memória.
Tenho saudades tuas. Já reparas-te que a palavra “saudades” só existe em português. Foi definida como a sétima palavra mais difícil de se traduzir em todo o mundo.
A Diana disse-me que não passavas de um playboysínho de merda e que a esta hora devias estar cheio de raparigas à tua volta. Não acredito que neste preciso momento estejas com raparigas à tua volta, mas sim que estejas a trabalhar. Mas apesar de seres tímido não nego que tu nos tempos livres assim estejas.
Eu não te conheço mas trago-te no coração como se já te conhecesse.
Não sei quando estaremos juntos de novo, mas meu querido, não é tarde nem é cedo para quem se quer tanto.
Quando leres isto já saberei que não o escrevi para ti ou por ti mas para mim, porque o mais difícil é viver sem amor, viver sem amar alguém.
Tenho um rapaz que anda atrás de mim - o Matias - a Diana diz que ele está interessado em mim, o Bernardo diz que eu o tenho à minha espera. Sim, ele é capaz de ser um rapaz à espera de vaga para entrar na minha vida.
Ou seja, ele é um possível-pretendente-a-qualquer-coisa-do-tipo-namorado. Eu não o quero. Seria outro erro à espera de vaga. O Gonçalo também pode ter sido um erro, mas eu continuo ruída de ciúmes sempre que o vejo com a namorada. Pois, parece que faz de propósito… beijar a namorada à minha frente com muito carinho como quem diz «a esta hora podias ser tu a estar aqui e não ela». Como é que isto é possível, quando estava com ele só pensava que não podia estar com ele que tinha sido um erro à espera de vaga e agora fico com ciúmes por ele ter arranjado uma namorada. E o melhor…. Eu conheço a rapariga e não me lembro de onde, quero dizer ela estava na minha escola… mas conhecia de outro lado e nem sei de onde nem vale a pena me lembrar. Quando o vi com ela só me apetecia ficar a sós com ele e quando a oportunidade chegasse que nos beijássemos e ele percebesse que era com ele que eu deveria ficar. Ao mesmo tempo disto tudo tenho o Matias ao meu lado a fazer-me perguntas sobre quem era o meu ex-namorado, sim porque ele pensa pelas respostas divagadas que lhe dei que ainda ando com o meu ex-namorado, e que ainda gosto muito dele. Enquanto falava com o Matias o Gonçalo reparou que estávamos muito próximos com cara de “não acredito será que já arranjou outro? Ainda há tão pouco tempo acabámos” e eu a pensar com os meus botões «tens uma namorada ao teu lado e estás pasmado por a tua ex-namorada estar a falar com um rapaz?!». Só me apeteceu rir naquele momento. Mas o mais ridículo da situação é que eu não gosto nem do Gonçalo nem do Matias, eu gosto é do Afonso. Dá para acreditar. As mulheres complicam tudo. A Diana simplificou: O Afonso não volta, o Gonçalo está com outra por isso não. E tens um menino muito fix, loiro de cabelos com caracóis que quer alguma coisa contigo – o Matias. Já está na hora de seguires em frente.
E eu digo-lhe Não eu gosto é do Afonso e caso fosse ter alguma coisa com alguém seria com o Gonçalo. Mas no fundo estou bem é sozinha.
Vou continuar à espera do Afonso e enquanto isso não acontece vou vendo o que vai acontecendo com o Gonçalo.
A Matilde ainda não me disse nada. Talvez porque ainda não esteve comigo, mas não importa. Ela é uma óptima conselheira. Ela saberá o que me dizer.
A Diana também dizia que o Gonçalo parecia o menino indicado para mim e olha no que deu. Não eu não vou ter nada com o Matias e desde o primeiro momento que meti isso na minha cabeça e como a Margarida diz é muito difícil tirar uma ideia já fixa aos sagitários. E para além do mais eu não vou ter nada com ele pois ele é um dos ex-namorados da Ana e sobre isso já meti na cabeça que não vou andar com os restos dela. E assim será. Mas visto as coisas deste ponto não faz que o Gonçalo seja também um dos restos da Ana? Nem sei, pois aquilo foi só um flirt, eles dizem que não foi nada mas foi. Olha no fim de tudo posto em pratos limpos fico melhor sozinha. Antes sozinha que mal acompanhada. Ai! Esta frase é tão deprimente.
Sabe-se lá se «ao virar da esquina» não encontrarei alguém que não seja um dos restos da Ana. E que esse alguém me encontre a mim.

O que ficou por dizer depois do "É estupido estarmos chateadas"

Desculpa se te magoei ao dizer o que tinha dito, sou sincera demais e digo o que me está a passar pela cabeça, mas esqueço-me que posso estar errada.
Quando me disseste para nunca mais aparecer à tua frente pensei que tivesses aproveitado a discussão para te afastares definitivamente de mim, que era o que eu pensava que tu querias. Depois dessa conversa tu continuaste distante eu continuei a tentar aceitar a tua distância. Não me restava outra alternativa. Talvez prefiras manter alguma distância entre nós, pois escolheste afastar-te de mim. A amizade é o amor sem preço nem prazo de validade, por isso aceito sem reservas e sem mágoa qualquer atitude que possas tomar, porque sei que a nossa amizade é eterna e que vais voltar como se nunca nos tivéssemos afastado. Tenho saudades tuas, saudades do tempo em que confiávamos uma na outra, queríamo-nos ajudar, apoiar e proteger, e sentíamos que estávamos no mesmo barco. Não sei como nem porquê, mas tenho a certeza que entendes o que aqui te escrevo para além do que te estou a dizer. Assisto aos meus erros e falhas como se fosse uma segunda pessoa e vivesse fora da minha pele. Ensinaram me a ser sincera, mas ninguém me disse que as pessoas que me são próximas que às vezes não o são.


Living is easy with eyes closed

No present... No future

Para quê sonhar com um Futuro contigo se nem sequer temos um presente?




Apenas sei que nunca ninguém me abraçará como tu.

sábado, 7 de agosto de 2010

He or She? Both =)

Um dia penso se terei de escolher entre ti ou a minha melhor amiga. Mas no fundo sei que se estivermos os três no mesmo lugar e à mesma hora, com a minha melhor amiga a precisar de mim, e tu do outro lado da rua a sorrir-me e a convidar-me para irmos comer um gelado, vou ter contigo. Mas antes digo à minha melhor amiga que é preferível ir ter com ele naquele momento do que mais tarde me arrepender-me por não o ter feito, por não ter compaixão por mim, e seria muito melhor ir ter com ele naquele momento do que a longo prazo ela ter de me ouvir repetidamente a falar dele sem eu nunca ter feito mais alguma coisa para que a minha história fosse perfeita. E ainda acrescentaria umas frases que a animassem do género “Não te esqueças de ser feliz.” (Raul Solnado), e outras mais profundas que lhe fizessem ver que não estaria sozinha que lhe mostrassem que a vida não é só tristezas e que muda quando menos esperamos, e que este mundo quando temos amigos e sabemos para onde queremos ir não é assim tão triste ou melodramático.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A nossa história passada a ferro

Gostava de poder passar a nossa história a ferro, tal como faço com a minha roupa, e guardá-la numa gaveta ou numa caixa e metê-la no roupeiro para ficar lá a ganhar pó. E só quando for muito velha poder voltar a abri-la e rir-me do que se tinha passado e quanto essas recordações se transformaram em momentos de alegria e não de angústia.
Em vez de passar a nossa história a ferro, meto-a na máquina de lavar, desejando que as más circunstâncias fossem com a água suja, ficando assim uma história quase perfeita sem coisas más. E em vez de arrumar a nossa história numa gaveta para depois poder ganhar outra história com outra pessoa diferente, espero que apareças outra vez. Não com um ferro de engomar na mão, mas com uma varinha mágica que pudesse transformar a nossa história quase perfeita em uma outra coisa mais real, mais feliz, em que tu estivesses ao meu lado, eu a sonhar com um futuro perfeito e tu a imaginar no que pode ser feito aqui e agora.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A chave da liberdade


A liberdade consiste em viver livre dos medos. Cada um tem a chave para a sua liberdade, basta encontrá-la.

sábado, 10 de julho de 2010

love



"O amor não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor é uma condição de quem sente e não compreende." Rafaela Batista
...
c:
Mis palabras son tus palabras mi hermana...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Nunca se esquece de uma grande amiga…


Nunca se esquece de uma grande amiga… nem uma grande amizade, é isso que nos desenvolve, que nos amadurece, faz com que nos apercebamos que é bom ter alguém a quem contar tudo e nada.
Muitas pessoas mudaram por uma amizade, outras são falsas e nem sequer se dão ao trabalho de o fazer. Uma das coisas que ela me ensinou foi a confiar nela. Sei que foi devido a ela que sou o que sou hoje. Tenho pena que não continuamos como éramos dantes, mas nem tudo pode ser igual duas vezes.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Retrato secreto



Há coisas que nunca mudam. Digamos coisas boas.
Folhear um livro a qualquer altura do dia só mesmo para me abstrair do próprio dia.
Num livro retive que cada pessoa traz o seu próprio retrato secreto consigo, e também é real, e é um retrato que influencia a nossa vida. Se num espelho mágico pudesse-mos ver esse retrato secreto podíamo-nos assustar com o que via-mos, podia não ser belo, pois era um borrão desenhado pelos outros. Mas pouco importa, aprendi que nós é que somos o pintor, e que podemos fazer do nosso retrato secreto o que quisermos. Imaginei que os meus pensamentos são o pincel. “ O Aprendiz de Milionário” de Mark Fisher... surpreendentemente agradou-me, não sei se pelos ideais contidos, ou por ter sido para mim uma «caixinha de surpresas».

Desculpa


Quando acertamos, um “desculpa” é a coisa mais indicada a fazer.
Esta frase faz todo o sentido (pelo menos para mim), que sei que a razão não vale nada se não formos nós a ter o «queijo e a faca na mão», ou seja não posso fazer uso da razão se não tenho meios para isso. Mas acredito que a fé ultrapasse todas as barreiras.
Muitas das vezes fazemos a coisa errada…
Muitas das vezes, fazemos a coisa acertada, mas que pode magoar as pessoas à nossa volta… e então… aí… o melhor que se tem a fazer é pedir desculpa.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Tudo mudou... menos eu


A ti,
Já passou 1 ano e estou na mesma, na praia em que nos vimos pela 1ª vez. Tudo mudou menos eu. Mudou o tempo, até a praia está mudada, as pessoas mudaram... menos eu... tu, não sei. Amar é deixar partir quem amamos, e eu deixei que fosses, que «fosses com o vento». Recordo-me que não estavas muito motivado em viajar, sei que querias ver outras realidades... e eu deixei-te partir.
Deixei-te ir. Não tinha nada para te dar. Não podia ficar contigo pois não sabia se gostavas de mim como eu gosto de ti.
Tudo mudou menos eu.
A olhar para a água, reparo que não estás cá. Este Verão nunca estiveste cá. Queria-te aqui ao pé de mim, abraçar-te outra vez e outra como fazíamos sempre, espontaneamente, como se os nossos braços tivessem vontade própria e deixássemos de pensar. Quando te sentia perto de mim, quando me chamaste no doce tom da tua voz, delicado a tentar que eu te ouvisse... senti-me bem. "Home is where they understand you." T.S.Eliot. Quando estava contigo sentia-me em casa. Não precisavas de dizer grande coisa para eu saber que contigo me sentia confortável, e tu comigo.
Agora sentada a ver o mar, recordo-me ainda mais de ti.
Não posso viver sem amor, nem que sege só nas memórias, na imaginação, nas palavras. Arranjamos sempre forma de estarmos perto de quem amamos. Eu amo-te. Sonho com palavras que me possam trazer um pouco mais de ti.
O céu está cinzento, sempre esteve. Ou não, se calhar foi a minha imaginação de tão triste sem te ter que já imagino nuvens cinzentas onde não existem.
Vou-me embora, desta praia, mas continuo à tua espera, à espera que apareças, que o tempo te traga de volta, e que me abraces e me faças sentir em casa, olhar para ti e teres o mesmo sorriso maior e mais bonito que as estrelas como de cada vez que olhavas para mim.
Recordo-me de ti como és.
Não te irei esquecer, pois nunca se esquece quem amamos, de quem gostámos, a quem deixámos uma parte de nós.
A Diana disse-me «Não estejas triste que a menina sabe que faz mal à pele». Puta acerta sempre, vou ter com ela uns momentos e é nisto que dá. Eu não lhe disse que tinha saudades tuas, mas sim que sentia a tua falta. Não lhe disse que escrevia para ter um pouco mais de ti perto de mim. Ela prometeu-me que vamos tentar ver-te. Eu não sei se ainda tenho esperança de quando te encontrar ainda sentir borboletas na barriga, mas antes uma amizade e tudo o que tínhamos apartada pelas circunstâncias.
O menino sabe que ambos não tínhamos nada para dar um ao outro, e mesmo assim conseguiu a minha amizade, cativou-me e depois foi-se embora. Eu sabia que se ia embora logo que houvesse uma oportunidade, mas mesmo assim apaixonei-me por si, e dependo do que há instalado nas nossas memórias. O que tivemos foi momentos de entendimento, amizade, e talvez amor. Se o visse mais uma vez saberia que nada teria para lhe dar, nem o menino a mim, mas mesmo assim continuaríamos a caminhar de mão dada como se nos conhecêssemos há muitos anos, mas na realidade eu não te conheço, reparo que também nunca me conheceste por isso escrevo para ti, não por ti, mas para ti, para me conheceres melhor.
Não foi preciso palavras para saber que estávamos bem perto um do outro, a pensar que nos conhecíamos, sem nos conhecermos. Mas não preciso que me conheças para saber que contigo sinto-me em casa. Tu compreendes-me e eu a ti, nunca duvidei disso.
Sonho como será o nosso reencontro, será algo mais que um abraço? Ou será muito menos que isso?
Não estou triste por te amar, quem não ama é que é triste. Posso não te ter por enquanto, mas ainda tenho os nossos momentos guardados como se de um tesouro se tratasse.
A Margarida diz para eu não pensar tanto em si que me faz mal, que me mudaste, não vivo das nossas memórias. Eu sei quem sou, para onde quero ir, mas para onde quer que vá arrasto a sua imagem comigo sem sequer pedir nada. Só te vejo se fechar os olhos, e mesmo assim já não sei se és tu ou se és fruto da minha imaginação.
Romeu e Julieta morrem no fim, não deviam. É frustrante ver 3 mortes feitas por guerras que nem sequer eram dos mortos. Um amor apartado pelas circunstâncias. Há quem odeie principalmente pessoas, eu odeio circunstâncias.

sábado, 26 de junho de 2010

Uma vez ouvi dizer...


A felicidade não é a ausência de conflito e sim a habilidade de lidar com ele. Uma pessoa não tem o melhor de tudo, mas ela torna tudo melhor.
A felicidade é algo que se multiplica quando se divide.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Mais uma carta...


Lisboa, Domingo 20.06.2010
Luu,
O amor é como uma borboleta a voar.
Nesta cidade, ao virar de cada esquina espero ver Ulisses, mais velho do que eu esperava, de feições mudadas, no seu traje de guerra, vagueando por estas ruas, esperando um dia voltar a encontrar Penélope.
Passados 20 anos de ter partido para uma guerra que não era a sua, voltou para casa.
"Home is where they understand you" T.S.Eliot
Penélope já não se sentia em casa, com tantos homens a querê-la a si e às suas propriedades.
Como a Odisseia é incompleta, Homero deveria ter escrito as infinitas tarefas de Penélope ao tentar não esquecer Ulisses (como poderia esquecê-lo se ela o amava...)em vez dos 12 trabalhos de Ulisses.
Não sabemos se Penélope se deixou levar por algum pretendente ou se abstinou-se por completo ao contrário de Ulisses que outrora ficou na companhia de Calipso entre outras numa ilha paradiziaca. Mas não foi por isso que deixou de amar Penélope.
Penélope não esperou 1 ano, esperou 20. Não esperou nem tempo a mais nem tempo a menos. Esperou o tempo necessário para que Ulisses volta-se, nunca deixando de desfazer a colcha à noite enganando tudo e todos em nome de quem esteve sempre destinada.

Posso não te estar destinada, mas espero por ti. Porque sei esperar. Porque não te quero esquecer.
Espero por ti porque gosto de ti, nem a mais, nem a menos... simplesmente gosto.
*Rapht=)