terça-feira, 19 de outubro de 2010

P.S. - I LOVE YOU

Já é tempo de te deixar partir. Mas eu não quero. O meu coração tem memória. Tu és como se fosses o meu Jack. E eu nunca saberei se fui a tua rose. Foste o meu Romeu, o Tristão, o Paris, Hércules, Érick, Dereck, Príncipe… tudo o que lhe quiseres chamar… mas terei sido eu a tua Rafaela?


Não sei. Por onde andarás é a pergunta que se me impõe a maior parte das vezes, já me passou pela cabeça confirmar se estás no obituário do jornal. Porque sou uma covarde e nem ao teu «amigo entre aspas» que foi amante da minha fada madrinha tive vontade de perguntar por ti.

Pelo menos sei que no meu coração não estás morto. Ouvi dizer que as pessoas só morrem no nosso coração quando não esperamos mais nada delas. Se assim for eu espero muito de ti, e para isso tenho de esperar muito tempo para ti. Mas no que toca a assuntos romancistas nunca é tarde para amar alguém.

Por mais livros que leia ou filmes que veja não encontro nenhum que se assemelha à nossa história. Espera lá nós tivemos história? De facto estivemos incluídos numa, mas e então e a parte de nós vivermos felizes para sempre ou pelo menos a parte do beijo… não existiu. Tal como tu… que parece que não existes nesta cidade. Por onde andarás Romeu…

Eu posso andar já meia dúzia de voltas à tua frente porque sei quando e para onde quero ir. Mas não me quero intrometer na tua vida sem que tu o queiras. Tem de ser o destino a querer. O Amor não está á venda em fragrâncias de perfumes, ou comida, ou outra treta qualquer.

O amor não é fácil de se encontrar e tu também não.

Por onde andarás.

Entretanto, folheio livros, bebo chás, e vejo filmes românticos, e drogo-me em meias de leite. P.S.- I LOVE YOU …foi isso… eu esqueci-me de te dizer. Só me resta saber se o teu P.S. é igual ao meu.

My dear notebook

As páginas em branco são um desperdício. Pois são. E eu deixo muitas ao longo do meu caminho. Ao mesmo tempo são elas que me fazem respirar. Se não de outra forma entrava em ataques de histeria. Mas não consigo deixar de incutir às páginas sem linhas do meu notebook, que anda sempre comigo de um lado para o outro *(há quem compre cãezinhos que cabem nos bolsos, eu tenho notebooks que são nada mais nada menos que páginas preenchidas pelas leis do acaso, com de um emaranhado de textos e frases imprevistas)* páginas marcadas a tinta da china da cor que tu mais gostas de usar, azul, que também é a cor do infinito, e para mim o infinito significa que nada é impossível; que há muitas maneiras de chegar ao rebuçado, tantas quantas nuvens existem no céu, e elas nunca desaparecem, só fogem como que com medo que pensássemos que fossem feitas de algodão doce e que retirássemos-lhes o essencial.