terça-feira, 19 de outubro de 2010

My dear notebook

As páginas em branco são um desperdício. Pois são. E eu deixo muitas ao longo do meu caminho. Ao mesmo tempo são elas que me fazem respirar. Se não de outra forma entrava em ataques de histeria. Mas não consigo deixar de incutir às páginas sem linhas do meu notebook, que anda sempre comigo de um lado para o outro *(há quem compre cãezinhos que cabem nos bolsos, eu tenho notebooks que são nada mais nada menos que páginas preenchidas pelas leis do acaso, com de um emaranhado de textos e frases imprevistas)* páginas marcadas a tinta da china da cor que tu mais gostas de usar, azul, que também é a cor do infinito, e para mim o infinito significa que nada é impossível; que há muitas maneiras de chegar ao rebuçado, tantas quantas nuvens existem no céu, e elas nunca desaparecem, só fogem como que com medo que pensássemos que fossem feitas de algodão doce e que retirássemos-lhes o essencial.

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