domingo, 8 de agosto de 2010

Antes sozinha que mal acompanhada

Nunca pensei em perder-te. Não para sempre. Tenho aquela sensação de que nunca mais te vou ver e que não vais passar de uma boa memória instalada no meu coração, sim… porque o coração tem memória.
Tenho saudades tuas. Já reparas-te que a palavra “saudades” só existe em português. Foi definida como a sétima palavra mais difícil de se traduzir em todo o mundo.
A Diana disse-me que não passavas de um playboysínho de merda e que a esta hora devias estar cheio de raparigas à tua volta. Não acredito que neste preciso momento estejas com raparigas à tua volta, mas sim que estejas a trabalhar. Mas apesar de seres tímido não nego que tu nos tempos livres assim estejas.
Eu não te conheço mas trago-te no coração como se já te conhecesse.
Não sei quando estaremos juntos de novo, mas meu querido, não é tarde nem é cedo para quem se quer tanto.
Quando leres isto já saberei que não o escrevi para ti ou por ti mas para mim, porque o mais difícil é viver sem amor, viver sem amar alguém.
Tenho um rapaz que anda atrás de mim - o Matias - a Diana diz que ele está interessado em mim, o Bernardo diz que eu o tenho à minha espera. Sim, ele é capaz de ser um rapaz à espera de vaga para entrar na minha vida.
Ou seja, ele é um possível-pretendente-a-qualquer-coisa-do-tipo-namorado. Eu não o quero. Seria outro erro à espera de vaga. O Gonçalo também pode ter sido um erro, mas eu continuo ruída de ciúmes sempre que o vejo com a namorada. Pois, parece que faz de propósito… beijar a namorada à minha frente com muito carinho como quem diz «a esta hora podias ser tu a estar aqui e não ela». Como é que isto é possível, quando estava com ele só pensava que não podia estar com ele que tinha sido um erro à espera de vaga e agora fico com ciúmes por ele ter arranjado uma namorada. E o melhor…. Eu conheço a rapariga e não me lembro de onde, quero dizer ela estava na minha escola… mas conhecia de outro lado e nem sei de onde nem vale a pena me lembrar. Quando o vi com ela só me apetecia ficar a sós com ele e quando a oportunidade chegasse que nos beijássemos e ele percebesse que era com ele que eu deveria ficar. Ao mesmo tempo disto tudo tenho o Matias ao meu lado a fazer-me perguntas sobre quem era o meu ex-namorado, sim porque ele pensa pelas respostas divagadas que lhe dei que ainda ando com o meu ex-namorado, e que ainda gosto muito dele. Enquanto falava com o Matias o Gonçalo reparou que estávamos muito próximos com cara de “não acredito será que já arranjou outro? Ainda há tão pouco tempo acabámos” e eu a pensar com os meus botões «tens uma namorada ao teu lado e estás pasmado por a tua ex-namorada estar a falar com um rapaz?!». Só me apeteceu rir naquele momento. Mas o mais ridículo da situação é que eu não gosto nem do Gonçalo nem do Matias, eu gosto é do Afonso. Dá para acreditar. As mulheres complicam tudo. A Diana simplificou: O Afonso não volta, o Gonçalo está com outra por isso não. E tens um menino muito fix, loiro de cabelos com caracóis que quer alguma coisa contigo – o Matias. Já está na hora de seguires em frente.
E eu digo-lhe Não eu gosto é do Afonso e caso fosse ter alguma coisa com alguém seria com o Gonçalo. Mas no fundo estou bem é sozinha.
Vou continuar à espera do Afonso e enquanto isso não acontece vou vendo o que vai acontecendo com o Gonçalo.
A Matilde ainda não me disse nada. Talvez porque ainda não esteve comigo, mas não importa. Ela é uma óptima conselheira. Ela saberá o que me dizer.
A Diana também dizia que o Gonçalo parecia o menino indicado para mim e olha no que deu. Não eu não vou ter nada com o Matias e desde o primeiro momento que meti isso na minha cabeça e como a Margarida diz é muito difícil tirar uma ideia já fixa aos sagitários. E para além do mais eu não vou ter nada com ele pois ele é um dos ex-namorados da Ana e sobre isso já meti na cabeça que não vou andar com os restos dela. E assim será. Mas visto as coisas deste ponto não faz que o Gonçalo seja também um dos restos da Ana? Nem sei, pois aquilo foi só um flirt, eles dizem que não foi nada mas foi. Olha no fim de tudo posto em pratos limpos fico melhor sozinha. Antes sozinha que mal acompanhada. Ai! Esta frase é tão deprimente.
Sabe-se lá se «ao virar da esquina» não encontrarei alguém que não seja um dos restos da Ana. E que esse alguém me encontre a mim.

Sem comentários:

Enviar um comentário